7 de junho de 2009

Concerto dos AC/DC a 3 de Junho

Mais de 40 mil fãs receberam a banda australiana na sua segunda visita a Lisboa. Concerto intercalou clássicos e novas canções, apoiadas por um forte aparato cénico.

Por volta das 19.45, as tascas e cafés em redor do Estádio Alvalade XXI estavam cheios de gente em busca de comes e bebes. A situação tinha-se já repetido noutras quartas-feiras ao longo da época desportiva. Desta vez, porém, o estádio do Sporting não recebia uma qualquer equipa de futebol europeia, mas sim a maior banda rock australiana, os AC/DC. Ao mesmo tempo, no recinto do Campo Grande, os Vicious Five começavam a mostrar o seu punk de estádio a um público que só queria ouvir hinos rock com 20 e muitos anos.

E ao fim de duas horas, pelas 21.45, a espera chegou ao fim. As luzes apagaram-se e os ecrãs gigantes mostraram um pequeno filme de animação que anunciava a chegada dessa locomotiva rock impecavelmente oleada que são os AC/DC a Lisboa. A curta terminou com um desastre ferroviário, e o palco, onde se viam os destroços de um comboio gigante iluminou-se. Sem demoras, os AC/DC começaram a tocar Rock'n'Roll Train, o single que assinalou o seu regresso em Agosto de 2008.E as cerca de 40 mil pessoas que praticamente esgotaram a lotação do estádio reagiram entusiasticamente.


Todavia, foram os temas antigos que durante duas horas conquistaram um público heterogéneo, onde velhas glórias do Sporting se cruzavam com estrelas rock nacionais, meninas queques, jovens motoqueiros e quarentões de fato e gravata. Em comum, a vontade de ouvir autênticos hinos rock, aparentemente imunes à crise ou não custassem os bilhetes entre 55 e 60 euros.


E apesar da música ser aqui o mais importante, é impossível negar o impacto visual deste mega-produção. Há um palco de 78 metros, com três ecrãs gigantes, o referido comboio, uma enorme boneca insuflável ou um sino que desce durante Hells Bell e desaparece logo a seguir. Depois, há ainda um palco secundário, mesmo no meio do público. Mas estes detalhes de nada serviriam sem a total entrega em palco do grupo. Desde Angus Young, o endiabrado guitarrista de gravata e calções, ao cantor Brian Johnson, no centro das atenções, passando pela forte secção rítmica que, sem fazer grande alarido, é também fundamental.



Texto por LUÍS FILIPE RODRIGUES in Diário de Noticías
Fotos por RITA CARMO/ ESPANTA ESPÍRITOS in Blitz

2 comentários:

autopilote disse...

Não estive lá mas parece ter sido um concerto grandioso e que não desiludiu os fãs. Pela descrição aqui feita parece também que a parte cénica contribui muito para o espectáculo. Continuam portanto em grande!

Pedro_S disse...

Eu estive lá e de facto os AC/DC continuam em grande! O Angus Young não parou, é incrivél! Foi sem duvida o melhor espectáculo Rock que já assisti!