28 de junho de 2009

Festas do Almonda 2009



O espectáculo de abertura das festas, que acontecerá no dia 3 de Julho, estará a cargo do Konono n.º 1. Um espectáculo do qual se diz contagiante, onde as pessoas poderão dançar ao som de ritmos populares africanos. Na mesma noite, actuará também uma banda de referência do rock português, Pontos Negros. No sábado, dia 4 de Julho, realiza-se, como tem sido hábito, o Festival de Folclore de Torres Novas, que vai para a 31.ª edição. O evento contará este ano com a participação de quatro grupos de folclore, vindos de vários pontos do país.

No domingo, dia 5, será a vez dos cantares alentejanos com Os Ganhões de Castro Verde, e do grupo de ciganos do Rajastão, na Índia, denominados Musafir, para envolver o público na alegria e dança que lhes é característica. Ainda nesse dia o palco dará lugar à comédia, neste caso pelo grupo de teatro Commedia la Carte. Na segunda-feira, dia 6, o palco será pisado por 24 artistas brasileiros, sob o nome ”Orquestra Imperial”. Um espectáculo que levará a assistência a saborear o som de boleros e música dos anos 60. Este concerto servirá de aperitvo para o concerto de Lula Pena, a carismática cantora que estará em palco acompanhada pela sua guitarra.

Na quarta-feira, dia 8, a voz de Paulo Carvalho deliciará o gosto do grande público com o seu novo albúm ”Doamor”, e no dia seguinte, João Gil, com Tito Paris e Shout, apresentará um espectáculo que promete revisitar os temas mais antigos de João Gil, que conta com uma carreira de 35 anos. No mesmo dia há rock português com a banda X-wife. Nas Festas do Almonda haverá ainda lugar para a actuação de bandas locais, tais como os TNB, Las Gafa, Big Boss Band e os Golpes, uma banda que promete dar que falar. As festas da cidade serão encerradas com um lado bem português, primeiro com Teresa Salgueiro, e depois com a Turtúlia do Fado de Coimbra. As festas terminam com o habitual fogo de artíficio.

por Isabel Maia in Jornal Torrejano

19 de junho de 2009

Sonic Youth... outra vez

Eu sei que não se deveriam repetir bandas no vídeo da semana. Afinal de contas, felizmente, não faltam por aí boas bandas para ouvir e divulgar. Desta vez iria por Fleet Foxes. Ou Bat for Lashes. Talvez Wilco. Ou Yeah Yeah Yeahs. Mas não. São os Sonic Youth que já por cá andaram com "Incinerate". Desta vez é em dupla dose. "Sacred Trickster" e "Antenna" fazem parte do novo álbum (The eternal) e foram apresentadas no (mítico!) Jools Holland Show. Mas o melhor mesmo é verem o vídeo para perceberem o porquê da repetição.

7 de junho de 2009

Concerto dos AC/DC a 3 de Junho

Mais de 40 mil fãs receberam a banda australiana na sua segunda visita a Lisboa. Concerto intercalou clássicos e novas canções, apoiadas por um forte aparato cénico.

Por volta das 19.45, as tascas e cafés em redor do Estádio Alvalade XXI estavam cheios de gente em busca de comes e bebes. A situação tinha-se já repetido noutras quartas-feiras ao longo da época desportiva. Desta vez, porém, o estádio do Sporting não recebia uma qualquer equipa de futebol europeia, mas sim a maior banda rock australiana, os AC/DC. Ao mesmo tempo, no recinto do Campo Grande, os Vicious Five começavam a mostrar o seu punk de estádio a um público que só queria ouvir hinos rock com 20 e muitos anos.

E ao fim de duas horas, pelas 21.45, a espera chegou ao fim. As luzes apagaram-se e os ecrãs gigantes mostraram um pequeno filme de animação que anunciava a chegada dessa locomotiva rock impecavelmente oleada que são os AC/DC a Lisboa. A curta terminou com um desastre ferroviário, e o palco, onde se viam os destroços de um comboio gigante iluminou-se. Sem demoras, os AC/DC começaram a tocar Rock'n'Roll Train, o single que assinalou o seu regresso em Agosto de 2008.E as cerca de 40 mil pessoas que praticamente esgotaram a lotação do estádio reagiram entusiasticamente.


Todavia, foram os temas antigos que durante duas horas conquistaram um público heterogéneo, onde velhas glórias do Sporting se cruzavam com estrelas rock nacionais, meninas queques, jovens motoqueiros e quarentões de fato e gravata. Em comum, a vontade de ouvir autênticos hinos rock, aparentemente imunes à crise ou não custassem os bilhetes entre 55 e 60 euros.


E apesar da música ser aqui o mais importante, é impossível negar o impacto visual deste mega-produção. Há um palco de 78 metros, com três ecrãs gigantes, o referido comboio, uma enorme boneca insuflável ou um sino que desce durante Hells Bell e desaparece logo a seguir. Depois, há ainda um palco secundário, mesmo no meio do público. Mas estes detalhes de nada serviriam sem a total entrega em palco do grupo. Desde Angus Young, o endiabrado guitarrista de gravata e calções, ao cantor Brian Johnson, no centro das atenções, passando pela forte secção rítmica que, sem fazer grande alarido, é também fundamental.



Texto por LUÍS FILIPE RODRIGUES in Diário de Noticías
Fotos por RITA CARMO/ ESPANTA ESPÍRITOS in Blitz