Dia 4 de Agosto lá rumámos até Sendim numa longa e interessante viagem ao encontro do VIII Festival Intercéltico de Sendim.
O facto da atenção das grandes massas neste fim-de-semana estar voltada para o Festival do Sudoeste, fez com que o meu interesse no Festival Intercéltico de Sendim aumentasse. Não por espírito de contrariedade, mas por dois factores: primeiro porque o cartaz do Festival do Sudoeste este ano não me cativou, segundo porque ultimamente tenho andado a ouvir Dazkarieh que é uma das bandas que participou no VIII F.I.S.
Chegados a Sendim, após 430 kilómetros de viagem, o espírito celta fazia-se sentir nas ruas, devido ao som de gaitas de foles e tambores e pessoas por toda a parte, dando vida às festas da vila.
O calor da noite convidou-nos a provar o vinho da região, um óptimo vinho tinto a acompanhar a sopa de caldo verde e a bifana.
Após o jantar lá entrámos para o recinto do festival, chamado Parque das Eiras conduzidos pela Banda de Gaitas de Ortigueira, da Galiza que actuaram pelas ruas em direcção ao recinto. Neste encontravam-se barracas com artesanato e produtos da terra; discos, livros e instrumentos musicais; uma tasca onde serviam “Licor Celta” e outras poções magicas.
Aproximadamente por volta das 23h00, os Dazkarieh subiram ao palco. Palavras para quê? Só quem lá esteve sabe o quão excelentes são os Dazkarieh! A belíssima voz de Joana Negrão acompanhada por três excelentes músicos, Vasco Ribeiro Casais, Luís Peixoto e Baltazar Molina, fizeram daquele espectáculo um momento único, até em russo a Joana cantou! Só foi pena de não terem actuado durante muito mais tempo.
Seguiram-se os Four Men and a Dog, uma banda irlandesa de Rock/Folk, também com um som porreiro e um vocalista muito bem disposto, fazendo por vezes improvisações nas letras das músicas fazendo referência a Cristiano Ronaldo.
Para o fim ficou Kepa Junkera, um acordeonista basco acompanhado pela sua banda. Para quem não sabe Kepa Junkera é um dos melhores músicos da nossa vizinha Espanha, eu após o ter visto tocar, diria da Europa. Para além da virtuosidade de Kepa Junkera, vi naquela banda algo de original, dois percussionistas tocando de uma forma muito peculiar um instrumento de percussão que desconheço. Foi sem dúvida um excelente espectáculo.
Enquanto decorriam os concertos houve tempo para ir uma série de vezes ás tascas buscar imperiais e provar o licor celta, que é uma verdadeira pomada!
Regresso a casa…para o ano há mais…
3 comentários:
Bem, ora aí está um programa alternativo e bem interessante. E pelas amostras que apresentas há por aí seguramente muito boa música. Depois haverá o ambiente, céltico não é? Por mim, desde que não resvale para o esotérico...
Foi execelente o festival! Alternativo q.b., muito boa onda mesmo!
Joana P.
O melhor festival feito em Portugal! Nada comercial nem mediático. Boa musica, diversão, cultura e convivio.
Vanda Proença
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